TORBOLE: ESPOSIZIONE E PROVE CON 2 WINDSURF E 3 WINDFOIL PER PARIGI 2024

Dopo il successo del Mondiale dell'attuale classe Olimpica RS:X, venti atleti al servizio della commissione presieduta da Jamie Navarro, hanno messo in mostra 5 equipaggiamenti: l'attuale tavola olimpica RS:X, il Glide, iFoil, Formula Foil e Windfoil 1 in vista della Conferenza annuale di World Sailing prevista il 2 novembre in Bermuda e che difficilmente potrebbe cambiare l’attuale Windsurf Olimpico con il WindFoil per Parigi 2024. Se così fosse si potrebbe configurare un vero e proprio disastro per tutti gli atleti e federazioni delle varie nazioni già incanalati nella preparazione olimpica – per Parigi 2024 passando dalla imminente edizione di Tokyo 2020.

World Sailing ha comunicato il 4 ottobre sul proprio sito (link) di avere ultimato sul Lago di Garda i cinque giorni di test in acqua dei Windsurf (RS:X e Glide) e del WindFoil (iFoil, Formula Foil e Windfoil 1) facenti parte di una “Short List” i 5 candidati rispetto ai sette partecipanti e nell’ambito di una selezione con un iter “pasticciato”, con decisioni non motivate ed inspiegabili, caratterizzate da continui dietro-front e da una pressoché totale assenza di comunicazione nei confronti della vastissima comunità di sportivi del Windsurf.

E’ stato il Circolo Surf Torbole ad ospitare il test-esposizione con venti atleti (10 uomini e dieci donne – foto in alto) con esperienze di vela olimpica e coaching ed in rappresentanza di 18 nazioni fra cui il portoghese Joao Rodriguez il più qualificato degli atleti presenti che ha pubblicato sulla proropria pagina facebook un post con interessanti riflessioni sia sul Mondiale che sui test appena conclusi. https://www.facebook.com/search/top/?q=joao%20rodrigues

Durante le prove in acqua, ogni atleta ha avuto l’opportunità di testare ogni equipaggiamento con le svariate condizioni di brezze del Lago di Garda ma non quelle del mare che differiscono totalmente per moto ondoso, correnti etc. etc.

Il loro feedback è stato fornito al gruppo di lavoro costituito da:
– World Sailing Vice President – Ana Sanchez
– Presidente del Comitato attrezzature – Dina Kowalyshyn
– Presidente del Comitato Eventi – Sarah Kenny
– Due membri del comitato attrezzature – Barry Johnson e Bruno de Wannemaeker
– Un membro del comitato eventi – John Derbyshire
– Responsabile tecnico vela e offshore del mondo – Jaime Navarro
– Specialista tecnico mondiale della vela – Hendrik Plate
– Presidente della Commissione degli atleti – Yann Rocherieux rappresentato da Maayan Davidovich
– Assistente dal responsabile della formazione e dello sviluppo – Rob Holden

Alla commissione tecnica sono state fornite – dai produttori delle attrezzature e dalle classi coinvolte – ulteriori dettagli su costi, qulità e disponibilitrà delle attrezzature, formati di gare etc. etc.

Il gruppo di valutazione scriverà un rapporto e formulerà una raccomandazione su quale attrezzatura dovrebbe essere adottata per le due delle dieci classi Olimpiche della vela  per i Giochi olimpici di Parigi 2024: Windsurf maschile e Windsurf femminile.

World Sailing ha reso noto che il rapporto verrà pubblicato nelle prossime settimane.

Il Comitato delle atterzzature esaminerà tale rapporto in vista della Conferenza Annuale in Bermuda e poi sarà il principale organo decisionale del World Sailing, il Consiglio che prenderà la decisione definitiva sull’attrezzatura per lea specialità del Windsurf che sarà utilizzata per l’edizione 2024 dei Giochi Olimpici in programma a Parigi.

di seguito il Post del portoghese Joao Rodriguez:

“O Lago

O sol ainda nem dera sinais de vida, e já centenas de velejadores, treinadores, membros da organização dirigiam-se para o Circulo Surf Torbole, o clube organizador do mundial de RS:X. Um azul escuro, frio, esperava-nos quando chegámos à beira do lago. Mas, apesar do desconforto da hora, era impossível não ficar abismado pela paisagem que se manifestava bem à nossa frente. Um misto de espanto, admiração, mas até de humildade. Que forças teriam criado aquele cenário, erguendo montanhas da água, num claro desafio à gravidade? Quantos milhares de anos teriam sido precisos para escavar pacientemente aqueles profundos vales? E quantos homens teriam, posteriormente, construído casas em lugares improváveis, furado montanhas, rasgado estradas impossíveis de imaginar? Assim é o lago de Garda.

E depois aquele vento. Soprando de norte pela manhã, frio, agressivo, vindo das montanhas, afunilando naquele vale que se desenvolve na parte superior do lago. À tarde, da direção oposta, mais quente, mas não menos intenso. É uma autêntica fábrica de vento, que encerra temporariamente para almoço. Literalmente!

Quase 250 velejadores. Praticamente divididos entre mulheres e homens. Centenas de histórias de vida incríveis, escritas nos quatro cantos do mundo, temperadas por todos os mares do planeta. Um sonho em comum: os Jogos Olímpicos! Um sonho apenas acessível a 25 homens e 27 mulheres. De entre perto de 50 países.

Crê-se que 70% dos velejadores presentes, são maioritariamente apoiados pelas suas próprias famílias. Uma minoria integra equipas Olímpicas nacionais. Quando se pensa que, para ser competitivo nesta classe, uma vela tem a duração de 20 horas, um mastro outras tantas e uma prancha sensivelmente 200 horas, o que aliado ao facto da escolha de um fin poder significar a compra de dezenas deste fundamental equipamento, compreende-se que nem todos tenham a capacidade para singrar na modalidade. Junte-se a isso os custos associados às viagens, transporte de equipamento, treinadores, botes, e a equação parece insustentável.

Mas depois olho para uma das muitas fotografias que tenho destas três semanas em Torbole, onde quatro amigos reencontram-se mais uma vez. Nessa fotografia, estão 21 presenças Olímpicas. É certo que não há medalhas Olímpicas, mas há pódios Mundiais e Europeus que os dedos das duas mãos não são capazes de contar. E há um denominador comum: o dinheiro nunca foi desculpa! Encontramos juntos estratégias que nos fizeram ser competitivos, mesmo tendo orçamentos ridiculamente inferiores em tantas ocasiões.

Quantas vezes aquelas tais 20 horas que uma vela deveria ser usada a este nível, não se transformaram em 200? Mas treinávamos muito. Muito mesmo. Tínhamos um sentido de urgência em treinar. Sentíamos sempre que não era suficiente. Que tínhamos de passar ainda mais horas no mar, que tínhamos de encontrar novos limites e ainda assim, ainda assim, ultrapassá-los. Todos os momentos, todas as horas do dia, todos os dias, meses, anos, décadas, uma crença de que éramos capazes de chegar lá. Que infantilidade. Ingenuidade, inocência mesmo. Mas, por estranhas artes, milagres aconteceram. Não sei se os teremos merecido integralmente, mas a vida foi-nos particularmente generosa.
Errámos? Falhámos? Impossível contar as vezes. Tantas, mas mesmo tantas. Milhares e milhares de erros, de fracassos, de derrotas, de lágrimas, de gritos de desespero. E mesmo assim, começávamos de novo. Uma e uma outra vez. Para um dia, num determinado momento, as peças do puzzle magicamente juntarem-se…

Tivemos quem nos ajudasse? Não haverá palavras que possam expressar a gratidão que nós os quatro temos por tantas pessoas que nos ajudaram ao longo destes anos. Mas ainda assim, tínhamos esta obsessão em tentar não depender de ninguém além de nós próprios e da nossa vontade. Creio que era uma questão de sobrevivência. Sabíamos que, dificilmente, no contexto em que vivíamos, encontraríamos pessoas com este grau de comprometimento, mas também de disponibilidade e paixão. E que paixão! Caramba, passados tantos anos, ainda arde cá dentro, com uma força inexplicável. E vejo isso em cada um de nós, nestes quatro amigos, cuja amizade levou-nos a fazer do planeta azul a nossa casa e de todos os mares o nosso quintal.

A Margarida e o Tiago vieram a este mundial com a secreta esperança de qualificarem o país para Tóquio 2020, garantindo assim o passaporte para o que seria a sua estreia no maior evento desportivo do planeta. Mas ficaram aquém do necessário. Pessoalmente, não tinha construído qualquer expectativa. Mas tinha plena consciência de que, apesar do bom trabalho que tinham feito no verão, haviam-no feito praticamente sozinhos, sem parceiros de treino regulares. Iriam encontrar pela frente uma frota extraordinariamente bem treinada e adaptada às condições de Garda. Apesar de toda a sua entrega e vontade, não foi possível lograr essa famigerada qualificação. Nas mulheres, ainda chegaram a estar duas vagas disponíveis na frota de prata, onde se encontrava a Margarida. Mas essas duas vagas foram tomadas pelas terceira e quarta classificadas da frota de prata, enquanto nos homens, o último lugar de qualificação ocorreu na frota de ouro, onde o Tiago não conseguiu apurar-se. Restar-lhes-á uma derradeira hipótese, em Génova, onde haverá um lugar para mulheres e outro para homens, dentro dos países Europeus, sendo que haverá pelo menos meia dúzia de países candidatos.

Salvo raras excepções, o tempo médio para que alguém consiga ter capacidade para estar presente nos JO, é de 10 anos. Foi assim comigo – comecei com 9 e aos 20 fui aos JO de Barcelona 92 – e assim é com a grande maioria dos velejadores. Mas não basta deixar o tempo correr. São dez anos de entrega total! Não há segredos nem poções mágicas. Há apenas comprometimento, dedicação e, porque não, muito divertimento! Porque tudo isto pode ser extraordinariamente divertido. E isso não é sinónimo nem de laxismo, nem de falta de profissionalismo. É porque simplesmente pode ser. Ou não. Só depende, na verdade, de cada um. Da capacidade de tirar partido das oportunidades, de sentir prazer em fazer algo bem feito, de conseguir rir de si próprio. A jornada pode ser uma maravilhosa aventura!
Para estes dois velejadores, interessantes desafios despontam já no horizonte. Continuará a actual prancha RS:X como classe Olímpica? Muito por culpa própria, esta classe fez uma cama de onde dificilmente sairá. Gritante falta de qualidade do equipamento, resultando num exorbitante custo para ser competitivo, deficiente comunicação com os velejadores, atrasos inacreditáveis na distribuição de equipamento, aliado a uma estagnação em termos de evolução, resultou numa aversão generalizada, dos velejadores a outros sectores da vela Olímpica. Por estes factos, e tomando partido do factor inovação inerente à introdução dos foils no windsurf, a World Sailing – WS – entendeu rever a classe a ser usada para os JO Paris 2024. O que nos leva direitinhos à última semana passada em Garda.

A federação internacional convidou os países a apresentarem propostas de velejadores que pudessem testar as novas pranchas de foil, por comparação com a actual RS:X. A FPV sugeriu o meu nome e o mesmo foi aceite pela WS, pelo que integrei um lote de 20 velejadores de todos os pontos do globo, metade dos quais mulheres. Além destas classes, uma outra, a Glide, num conceito muito parecido ao da RS:X.

Durante cinco dias, tivemos o privilégio, mas também a responsabilidade de testar novos equipamentos, novos formatos, numa aparente revolução no windsurf. Formula Foil Ltd, Windfoil1, iFoil foram as propostas com foil. RS:X e Glide, propostas ditas mais convencionais.
Independentemente de qual foi o equipamento mais rápido entre os foils, ficou claro que a partir de uns estonteantes 5 nós, é possível fazer regatas de foil. Mas não se pense que será fácil Será extraordinariamente exigente do ponto de vista físico. Explosivo no arranque, de pura resistência no restante, não imagino que haverá descanso em regatas com ventos muito fracos. Mas é inacreditável “voar” com 3, 4 nós de vento, quando quase se consegue ver a nossa imagem reflectida no espelho de água, em pleno silêncio… É todo um mundo novo!
E com vento forte? E os custos associados? E o trajecto dos juniores? Estas e muitas outras questões ficaram a pairar no ar. Nós, velejadores, não estivemos presentes nas reuniões entre a WS e os diferentes promotores das diferentes opções, onde muitos destes aspectos terão sido esmiuçados. Assim, à luz do que testamos e das condições que encontramos, e apenas posso falar por mim, as opções mais razoáveis pareceram-me o iFoil e o Windfoil1. A Formula Windsurf Ltd, quanto a mim, padecia de um pormenor fatal: as pranchas de 1 m de largura já não passam nas máquinas de RX dos aeroportos, pelo que viajar com estas pranchas, que já era um problema, passou a ser uma tortura. Havendo uma mudança, porquê apostar num modelo que trará imensos problemas aos velejadores? Eu que o diga, que na última vez que viajei de Lisboa para a Madeira com uma prancha de Fórmula, há meses atrás, perdi mais uma hora a levar a prancha para a zona da carga, onde havia uma máquina de RX que suportava equipamentos dessa largura, mas onde ainda assim, foi preciso tirá-la da capa.

Em relação às outras duas, cinco dias não me parece razoável para exigirem-nos uma opção clara. Nunca velejamos com mais de 15 nós por exemplo, nem Garda tem ondas de oceano, um problema no caso dos foils.
Qual será a decisão final? Só no dia 2 de Novembro se saberá…”


Inserito da Redazione 6 Ottobre 2019
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